A emergência dos chamados condomínios clubes ou com estrutura de serviços nas grandes cidades tem exigido cada vez mais profissionais capacitados para administrar diferentes situações que são encontradas no cotidiano dos edifícios, como problemas de relacionamentos e necessidade de disciplinar o uso dos espaços comuns, além das demandas da legislação, de manutenção predial e redução de custos. Afinal, quais as novas tendências devem ser observadas na hora de gerenciar um condomínio?
Para Marcos Maran, atual presidente da Abrafac (Associação Brasileira de Facilities), muitos síndicos estão “centralizando demais a legislação” e se esquecendo de manter relacionamentos conciliáveis com os moradores. Às vezes, uma conversa pode resolver vários problemas sem precisar apelar para tratamentos mais sérios, como processos. “É necessário que o síndico possua características tais como bom senso, capacidade de avaliação das propostas e sensibilidade para tratar com as pessoas”, destaca Maran. Aos síndicos moradores, o engenheiro indica que boa formação cultural e equilíbrio podem contribuir como facilitadores na gestão.
Já para as administradoras de condomínio, gerentes prediais e síndicos profissionais, a principal dica é que haja investimento no conhecimento técnico. “É necessário ter uma gestão mais preparada e profissional, pois os padrões de gerência estão cada vez maiores”, diz. “Infelizmente, não há gabarito. Falta habilidade em sistemas e, principalmente, em relacionamentos”.
Rosely Schwartz, consultora condominial, autora do livro “Revolucionando o condomínio” (Editora Saraiva), também acredita que as exigências estão crescendo, principalmente por parte dos moradores, que cobram uma profissionalização maior por parte dos síndicos. Para ela, é preciso ser “totalmente transparente na condução da gestão, facilitando o acesso aos documentos e prestando esclarecimentos quando solicitado”. Além disso, a busca por conhecimento e especialização é essencial para uma gestão sólida e de qualidade. “As administradoras possuem papel fundamental nessa mudança, pois poderão procurar conhecer mais as necessidades de cada cliente. Devem ser vistos como parceiros, em que ambos buscam a satisfação das expectativas dos moradores”, avalia.
A consultora também destaca que é importante que os administradores estejam cientes de todas as atualizações que ocorrem no condomínio, sem deixar tudo nas mãos do zelador, por exemplo. “Acredito que no futuro serão poucos os síndicos moradores, prevalecendo os profissionais”, prevê Schwartz. “Pode-se notar também uma diminuição significativa no número de zeladores que moram no condomínio. A adoção dessa modificação reflete diretamente na folha de pagamento, em que não haverá o cálculo do salário habitação e seus reflexos nas horas extras, férias e 13º salário”, continua. Também é incentivada a experiência mais próxima entre morador e síndico, e com medidas simples, como a criação de um e-mail para contato com e estabelecimento de horários específicos para esclarecimento de dúvidas e atendimento pessoal.
Escrito por Rafael Lima Direcional Condominios
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